sábado, 31 de agosto de 2013

Mapeamento das Pirâmides no Mundo


Como é bem conhecido, há literalmente centenas de pirâmides de vários estilos espalhadas pela Terra, na Europa, África, Oriente Médio e além, na Ásia Setentrional e no Pacífico Sul, e nas Américas. Alguns locais que abrigam os diferentes estilos de pirâmides são:

- Iraque: A pirâmide zigurate, reconstruída, em Ur, antiga Suméria.

- Egito: A pirâmide de degraus de Saqqara.

- Egito: As pirâmides lisas de Gisé. Hancock e Bauval (1996) sugerem que o plano das três grandes pirâmides fora fisicamente estabelecido em 10.500 a.C., mas que as pirâmides foram construídas por volta de 2.500 d.C. Isto apóia a noção de que a base rochosa das pirâmides, com sua câmara subterrânea, era um antigo terminal de AA, e a Esfinge era o marco associado facilmente identificável do espaço.

- México: As pirâmides de degraus extremamente decoradas em Chichen-Itza, Monte Alban, e em outros sítios. No Templo das Inscrições, em Palenque, um shaft corre da tumba até o piso do templo, como em algumas das pirâmides egípcias.

- México: A incomum pirâmide elíptica de Uxmal.

- México: A enorme e intacta pirâmide de Cholula (Fig. 1), na sombra do vulcão Popocatepetl ("El Popo"). Seu antigo nome, Tlachihualtepetl, significa "montanha artificial."

Na peregrinação a Quetzalcoatl a primeira parada era em Cholula, que quer dizer ‘o lugar de vôo', em Nahuatl. A enorme “Pirâmide Tepanapa", 61m de altura e 396 m em um lado, é a maior pirâmide nas Américas, e possivelmente a maior no mundo. A construção mais antiga foi datada em 200 a.C. Estava coberta por terra para escondê-la dos invasores espanhóis e um pequeno santuário foi colocado no topo, que depois os espanhóis substituíram por uma igreja (Fig. 1). A pequena porção que já foi escavada revelou uma alvenaria notável (Fig. 2).

- México: Três Zapotes, um sítio olmeca (1300 a.C.- 400 d.C.), foi a primeira pirâmide de tijolo cru (adobe) na Mesoamérica. (Fãs de mistérios por favor anotem: antes da chegada de Cortez foram destruídos TODOS os sítios olmecas, exceto El Tijin, que fora abandonado!)

- México: A pirâmide de cone truncado de Cuicuilco. Em 1917, Manuel Gamio, escavando a estrada de Cidade do México para Cuernavaca, encontrou uma colina enorme chamada ‘Cuicuilco' encoberta por lava pré-histórica. Parecia ser uma enorme pirâmide ou um cone truncado com quatro galerias e escadaria central. É uma das poucas pirâmides circulares restantes. A base tem 112 m e tem agora aproximadamente 18 m de altura, embora seja originalmente muito mais alta. O arqueólogo Paul Heinrich informa que a idade pode estar entre 800 a 600 a.C., e não 6000 a.C. como informado anteriormente. (Miller, 2000)

- México: A bela pirâmide miniatura de Cecília, D.F.

- México: As pirâmides-plataforma de Teotenango, Tenayaca, e Tula.

- México: O estilo de multi-plataforma da Pirâmide do Sol, Teotihuacan. Em seu discurso sobre Teotihuacan, John Michel (1995) cita outro investigador: "Durante a década de 1970, Hugh Harleston, Jr… estabeleceu que ‘a unidade básica de medida de Teotihuacan era 1,0594 m, a mesma unidade que representa a ‘vara judia' de 3,4757 pés (1,0594 m), a mesma unidade que representa a largura das pedras de Stonehenge, seis milionésimos do raio polar da terra…' “

- Guatemala. O enorme e pré-clássico (150 a.C. -150 d.C.) sítio maia de El Mirador com suas dúzias de pirâmides, inclusive a Pirâmide do Tigre que sobe 18 pisos para cima, provavelmente a maior pirâmide já construída pelos Maias.

- Peru: Templo Moche do Sol. Os moches mais antigos construíram este templo em forma de pirâmide a partir de 140 milhões de tijolos crus.

- Peru: Pirâmide de Sipan. Esta pirâmide-tumba moche, perto da cidade de Sipan, mostra que algumas pirâmides eram tumbas, como no Egito e Mesoamérica.

- Peru: Pirâmides de Cahuachi. Um sítio cerimonial feito de seis pirâmides, a mais alta com aproximadamente 21 m, abrigando uma corte cercada de 3,7 km2. (Morrison, 1988). Hadingham (1987) menciona que o "grande templo" era uma pirâmide de degraus. Ele cita a estimativa de Helaine Silverman de que o período de maior atividade de Cahuachi foi curto, aproximadamente 200 anos, e o sítio foi misteriosamente abandonado por volta de 200 d.C., junto com outros vários sítios importantes.

- Peru: As pirâmides de Tucume. "Cobrindo mais de 540 acres e incluindo 26 pirâmides principais, assim como também estruturas menores…construídas primeiramente por volta de 1100 a.C. pelo povo da cultura Lambayeque…"A maior das pirâmides de tijolos crus, Huaca Larga, tem 700 m de comprimento, 277 m de largura e 20 m de altura. (Heyerdahl, 1995). Robert Schoch (1999) escreve, "A maior das pirâmides, chamada Tucume… tinha apenas um pouco mais de 61 m de altura, mas continha um terço a mais de volume que a Pirâmide de Khufu, em Gisé."

- Peru: Huaca del Sol, Vale de Moche. Esta é uma pirâmide de 36,5 m de altura na costa norte peruana. A pirâmide de 1,5 milhão de tijolos de barro é a maior montanha artificial na América do Sul. Encarando Huaca del Sol pela praça principal há um monte menor, Huaca del Luna. O sítio se encontra ao pé do Cerro Blanco, um marco óbvio do espaço para este centro cerimonial e de abastecimento (Hadingham, 1987)

- Bolívia: A pirâmide-plataforma de Akapana, em Tiahuanaco. Os arqueólogos bolivianos datam o sítio em 1580 d.C.. A Akapana mede 203 m em um lado e 15 m de altura. "O interior na terra foi amoldado como uma pirâmide de degraus e a fachada com pedras encaixadas." (Demetrio, 1983)

- Java: pirâmide de Cani Sukuh, semelhante às pirâmides do México (Childress, 1996). Quem levou este estilo através do Pacífico?

- Ilhas de Ryukyu: a pirâmide subaquática de Yonaguni. Esta pirâmide-plataforma de degraus, única, de 73 m de comprimento e 27,5 m de altura, com 23 m submersos, foi datada em 8.000 a.C.! (Dopatka, 2000)

- China: A Pirâmide Branca, perto de Xi'an. Hartwig Hausdorf (1998) diz que há de 90 a 100 pirâmides na China, perto de Xi'an, a mais alta com aproximadamente 61 m, Xi'an é coincidentemente o sítio do espantosos ‘Exército de Terracota', de Qin Shi Huang.

- Polinésia: “pirâmides modestas", em Tongatabu; uma pirâmide-templo no Taiti; a pirâmide-plataforma de degraus de Langi, em Tauhala (uma grande pedra, 7,5 x 2 m e pesando 30 a 40 toneladas, está na parede).

- Também existem pirâmides antigas em Samoa e em Java. (Childress, 1996)

- Grécia: Pirâmide de Hellinikon, perto de Argos. O autor escreve, "… construída no estilo reminescente de paredes ciclópicas …" Sua base é de 15 x 13 metros, e a parede mais alta que ainda está de pé tem apenas 4,30 m. Pelas fotografias ela teria aproximadamente 10 metros de altura quando completa. Análise termo luminescente da pirâmide em 1997 mostrou a data de construção em 2720 a.C., mais antiga do que os arqueólogos declaram ser a pirâmide de Quéops! (Tsoukalow, 2000)

- Ilhas Canário: As pirâmides de Guimar. Thor Heyerdahl escreve,"… Elas eram pirâmides de degraus construídas de acordo com princípios semelhantes às do México, Peru, e da Mesopotâmia".

- EUA: pirâmide-monte do Monge, em Cahokia, Illinois, uma pirâmide-plataforma de tijolos de barro. Uma parede de pedra ou um aposento foi descoberto recentemente dentro do montículo.

- Yonaguni-Jima: Situado entre o Mar da China Oriental e o Mar Filipino, aproximadamente a 300 milhas de Okinawa, está a ilha de Yonaguni-Jima. Em sua costa há um enorme monumento aparentemente feito pelo homem (ou pelos deuses?) com aproximadamente 30 m abaixo da superfície. É uma pirâmide de 182 m de plataforma por 27.5 m de altura erguida de pedras megalíticas precisamente cortadas. A pirâmide, aparentemente parte de um centro cerimonial, foi datada em 8000 a.C., 5000 anos antes da pirâmide mais antiga do Egito!

A melhor pista que nós temos de que os deuses orquestraram a construção de pirâmides é o conto de Gudea que ergueu o templo-zigurate de Lagash (aparentemente o deus Kothar-Hasis foi o único autorizado a projetar os templos. Ele provavelmente era o mesmo "artesão divino grego Hepahaestus" que construiu o templo-domicílio de Zeus, e o deus egípcio Thoth). Para o templo de Ninurta, em Lagash, eram transmitidas contínuas instruções pelos deuses a Gudea. Ele construiu um zigurate de sete degraus, chamado Eninnu, recorrendo a uma tabela engenhosa que deu uma planta e 7 escalas - uma para cada degrau (Zecharia Sitchin descreve esta história em detalhes nos livros de 1976 e 1993.

Também veja figs. 748 e 749 de Pritchard, 1969).

Zecharia Sitchin faz uma conexão interessante com sua declaração de que as três grandes pirâmides de Gisé estão a 52 graus, mas as pirâmides posteriores se desvencilharam deste ângulo e foram construídas a 43.5 graus, e ele afirma que as pirâmides em Teotihuacan também estão a 43.5 graus. Além disso "embora a 2ª pirâmide de Gisé seja menor que a Grande Pirâmide, seus cumes estão acima do nível do mar à mesma altura porque a 2º foi erguida em piso mais alto; o mesmo se dá em Teotihuacan onde a Pirâmide da Lua, a menor, está erguida num piso uns 9 m mais alta que o da Pirâmide do Sol, dando seus cumes alturas iguais acima do nível do mar. Nós também deveríamos notar aqui que ambas, a Grande Pirâmide de Gisé e a Pirâmide do Sol de Teotihuacan, têm um ‘shaft’ descendente escavado no leito rochoso no qual as pirâmides foram construídas.

De forma interessante, algumas das pirâmides egípcias têm câmaras múltiplas que parecem ter sido construídas em diferentes períodos de tempo, por exemplo a pirâmide de Sneferu tem uma câmara subterrânea, uma 2ª câmara perto da superfície, e uma 3ª câmara acima na pirâmide, como se o sítio estivesse em uso antes, possivelmente muito antes de a pirâmide ser erguida. As câmaras da Grande Pirâmide também seguem este padrão; a 1º estando profundamente no subterrâneo, depois a 2º câmara (da Rainha) construída em baixo do centro da pirâmide, e a 3º câmara (dos Reis) mais acima. Este padrão sugere que a meta era promover graus contínuos e crescentes de proteção de cima para baixo.

As pirâmides de Miquerino, Unas, Teti e a maioria dos outros também tinham câmaras subterrâneas. Na realidade, nas pirâmides de Miquerino e em outras nem mesmo existem câmaras próprias - todas as câmaras eram subterrâneas!

Com relação às pirâmides de Gisé, alguns estudiosos afirmam que as pedras foram puxadas por longas rampas em trenós, de acordo com uma pintura familiar da tumba de Djehutihotepe de 204 trabalhadores que movem sua estátua de 60 toneladas em um trenó (Fig. 5). Mas isto só prova que esta estátua foi movida em um trenó. Eu não tenho notícias de uma única imagem ou inscrição que descrevam os métodos de construção das grandes pirâmides. Nós simplesmente não sabemos como foram feitas. Incidentemente, Mark e Richard Wells (2000) descobriram uma semelhança surpreendente no alinhamento e tamanho das três estrelas no Cinturão de Órion e o alinhamento e tamanho das pirâmides principais de Gisé, no Egito; Xi'an, na China; e Teotihuacan, no México.

Assim nós temos pirâmides de alturas que variam de 9 m a mais de 120 m, comprimentos de 30 m a 975 m; algumas com câmaras internas e algumas sólidas; paredes lisas ou em degraus; bases elípticas, quadradas ou circulares; construídas em pedra, tijolos de barro ou adobe; altamente decoradas ou lisas; algumas encimadas com pequenas edículas.


Destes vários estilos, tamanhos, e composição penso eu que nós podemos concluir que as pirâmides tiveram várias funções: mausoléus (tumbas), marcos geográficos, aeroportos, estações de abastecimento, abrigos, e templos cerimoniais; e há evidência que muitas delas tinham várias funções simultaneamente. Mas uma coisa parece certa: as pirâmides, plataformas e montículos ao redor do mundo eram sítios onde os deuses astronautas e a raça humana estiveram juntos.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Açores e Atlântida

Vos quero começar a contar o duvidoso e incerto [descobrimento] destas ilhas, que dias há que são descobertas.
Porque as coisas antigas, de que pela pouca curiosidade dos homens não ficou memória escrita, deram ocasião e causa a muitas opiniões diferentes e a diversos e, às vezes, não acertados pareceres, como são os que se têm destas ilhas dos Açores e, principalmente, destas de S. Miguel e de Santa Maria, de que mais particularmente contar quero, que, por não haver quem disso escrevesse, ainda que algumas coisas contem, é tudo tão   duvidoso que põem grande dificuldade e trabalho ao que quer atinar e acertar com a verdade .
  
Sabei  que destas ilhas dos Açores há duas opiniões :

A primeira é, que muitos disseram e tiveram para si, que foram terra firme, apegadas na parte de Europa pelo cabo que os portugueses a estão mais povoando e cultivando, e que era uma ponta da serra da Estrela que se mete no mar, na vila de Sintra. E, por isso, navegando destas ilhas a Portugal, ordinariamente se vai demandar esta rocha de Sintra, como que a seu todo, por onde quebrou, se vai ajuntar a parte.   Porque dizem que todas as ilhas têm as raízes na terra firme, por muito apartadas que estejam dela, e que doutra maneira, como coisas fundadas no ar, não se sustentariam. E, desta sorte, querem dizer e afirmar que todo este espaço grande (que devia ser terra firme) de Portugal até estas ilhas se subverteu e sumiu nalgum tempo e cobriu das águas do mar, que agora o possui, e ficaram sobre ele levantadas estas ilhas, que, como pedaços daquela grande e antiga terra, sem se sumir escaparam.

A segunda opinião é fundada no que escreve o grave Platão no seu Diálogo de Timeu e Elísio, ao princípio, onde querendo engrandecer os atenienses e como foram tão animosos e venturosos, que em tempos antiquíssimos, de que já não havia memória entre eles, porque havia nove mil anos, haviam subjugado e vencido o povo belicosíssimo da ilha Atlântida, que houvera antigamente no mar Oceano Atlântico  . Conta ali maravilhas Platão daquela ilha  . Dali inferem alguns que estas ilhas dos Açores foram e são uma parte desta Atlântida. A qual diz Platão que era maior que África e Ásia, porque tomava das Colunas de Hércules, que são em Cádis, na boca de estreito, e se estendia por todo este mar do Ocidente até umas ilhas que diz que estão junto de uma terra verdadeiramente firme   a causa dá ele, dizendo que se alagou esta ilha Atlântida por grande sobejidão e correntes de águas, pelo que este mar estava apaulado, e, pela tormenta grande com que se fundiu a Atlântida com tudo o que tinha, ficou tanto lodo e ciscalho nele, que se não podia navegar.

E afirmam alguns, que têm a segunda opinião, que se não navegou dali a muitos tempos e que não com sobejidão das águas aquela ilha se destruiu, mas com terramotos e incêndios e coluviões ou dilúvios da terra, e que, assim, ficaram dela estes pedaços destas ilhas dos Açores sujeitos àquela maldição e trabalho.


O mesmo Platão diz que a Atlântida era fertilíssima, produzia todos os metais em grandíssima abundância, principalmente cobre, e, como estes não se criam senão em terras que têm muita matéria de fogo, como é enxofre, pedra-ume, salitre, e outros minerais menores, claro está que serão sujeitas a terramotos, a incêndios e dilúvios  . E já sabem todos que nesta ilha e nas demais dos Açores há tanto disto, principalmente, de enxofre, de marcassite e de pedra-ume, que, por isso, dizem que bem parecem com a mãe de que procederam.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Atlândida - Parte 1



A história antiga da humanidade em grande parte se constitui um enigma, enigma esse devido à ignorância das pessoas que a escreveram e dataram certos eventos. Podemos perceber isto tendo em vista, por exemplo, o que dizem a respeito da esfinge, pois atualmente estudos provam que ela data de 12.000 a.C. a 10.500 a.C., enquanto que a história que divulgam datam-na de apenas de 4.000 a.C.

Uma outra indagação que deve ser feita diz respeito à distribuição de pirâmides no mundo. Elas são encontradas não somente no Egito, mas também na China e na América Central, mostrando a interligação dessas culturas no passado. O que interliga todas essas civilizações antigas? A única resposta que melhor responde a essas perguntas, e outras a respeito do mundo antigo, é a existência da Atlântida.

A primeira fonte de informação que chegou ao mundo moderno é sem dúvida os escritos de Platão. Foi ele quem primeiro falou da existência de uma ilha então submersa à qual foi dado o nome de Atlântida. Platão tomou conhecimento da Atlântida através de Sólon, que, por sua vez lhe foi referido por pelos sacerdotes egípcios, num dos templos da cidade egípcia de Saís.

Na verdade a Atlântida data de pelo menos 100.000 a.C., então constituindo não uma ilha e sim um imenso continente que se estendia desde a Groelândia até o Norte do Brasil. Sabe-se que os atlantes chegaram a conviver com os lemúrios, que viviam num continente no Oceano Pacifico aproximadamente onde hoje se situa o Continente Australiano. Naquele continente Atlante havia muitos terremotos e vulcões e foi isto a causa de duas das três destruições que acabaram por submergi-lo . A terceira destruição não foi determinada por causas naturais. Na primeira destruição, em torno de 50.000a.C. várias ilhas que ficavam junto do continente atlante afundaram, como também a parte norte do continente que ficava próximo a Groelândia, em decorrência da ação dos vulcões e terremotos. A segunda destruição, motivada pela mudança do eixo da Terra, ocorreu em torno de 28.000 a.C., quando grande parte do continente afundou, restando algumas ilhas, das quais uma que conectava o continente Atlante à América do Norte. E a terceira foi exatamente esta onde floresceu a civilização citada por Platão e que por fim foi extinta, em uma só noite, afundando-se no mar restando apenas as partes mais elevadas que hoje corresponde aos Açores descrita por Platão.

Para se estudar bem a Atlântida deve-se considerar que esse nome diz respeito a três civilizações distintas, pois em cada uma das destruições os que restaram tiveram que recomeçar tudo do início.

Atlântida 100.000 a.C. a 50.000 a.C.

Sobre a Atlântida antes da primeira destruição (antes de 50.000 a.C.) pouco se sabe. Diz-se haver sido colonizada pelos lemurios que haviam fugido do continente onde habitavam, também sujeito a cataclismos imensos, quando então se estabeleceram correntes migratórias fugitivas das destruições que ocorriam na Lemúria, algumas delas dirigiram-se para o Sul Atlântida.

Estes primeiros Atlantes julgavam a si pelo caráter e não pelo que tinham e viviam em harmonia com a natureza. Pode-se dizer que 50% de suas vidas era voltada ao espiritual e os outros 50% para o lado prático, vida material.  Possuíam grandes poderes mentais o que lhes conferia domínio da mente sobre o corpo. Eles faziam coisas impressionantes com os seus corpos. Assim viveram por muito tempo até que, em decorrência da proximidade do sul da Atlântida com o Continente Africano, várias tribos agressivas africanas dirigiram-se para a Atlântida forçando os Lemurios estabelecidos na Atlântida a se deslocarem cada vez mais para o norte do continente atlante. Com o transcorrer do tempo os genes dos dois grupos foram se misturando.

Em 52.000 a.C. os Atlantes começaram a sofrer com ataques de animais ferozes, o que os fizeram aumentar seus conhecimentos em armas, motivando um avanço tecnológico na Atlântida. Novos métodos de agricultura foram implementados, a educação expandiu, e conseqüentemente bens materiais começaram a assumir um grande valor na vida das pessoas, que começaram a ficar cada vez mais materialistas e conseqüentemente os valores psíquicos e espirituais foram decaindo. Uma das conseqüências foi que a maioria dos atlantes foi perdendo a capacidade de clarividência e suas habilidades intuitivas por falta de treinamento e uso, a ponto de começarem a desacreditar na mencionadas habilidades.

Edgar Cayce afirma que dois grupos diversos tiveram grande poder nessa época, um deles chamados de "Os Filhos de Belial". Estes trabalhavam pelo prazer, tinham grandes posses, mas eram espiritualmente imorais. Um outro grupo chamado de "As Crianças da Lei Um", era constituído por pessoas que invocavam o amor e praticavam a reza e a meditação juntas, esperando promover o conhecimento divino. Eles se chamavam "As Crianças da Lei Um" porque acreditavam em Uma Religião, Um Estado, Uma Casa e Um Deus, ou melhor, que Tudo é Um. Logo após essa divisão da civilização atlante, foi que ocorreu a primeira destruição da Atlântida, ocasião em que grande número de imensos vulcões entraram em erupção. Então uma parte do povo foi para a África onde o clima era muito favorável e possuíam muitos animais que podiam servir como fonte de alimentação. Ali os descendentes dos atlantes viveram bem e se tornaram caçadores. A outra parte direcionou-se para a América do Sul onde se estabeleceu na região onde hoje é a Bacia Amazônica. Biologicamente os atlantes do grupo que foi para a América do Sul começaram a se degenerar por só se alimentarem de carne pensando que com isso iriam obter a força do animal, quando na verdade o que aconteceu foi uma progressiva perda das habilidades psíquicas. Assim viveram os descendentes atlantes até que encontraram um povo chamado Ohlm, remanescentes dos descendentes da Lemúria, que os acolheram e ensinaram-lhes novas técnicas de mineração e agricultura.

As duas partes que fugiram da Atlântida floresceram muito mais do que aquela que permanecera no continente, pois em decorrência da tremenda destruição os remanescentes praticamente passaram a viver como animais vivendo nas montanhas durante 4.000 anos, após o que começaram a estabelecer uma nova civilização.

Atlântida 48.000 a.C. a 28.000 a.C.

Os atlantes que estabeleceram uma nova civilização na Atlântida começaram  de forma muito parecida com o inicio da colonização que os Lemurios fizeram na Atlântida. Eles se voltaram a trabalhar com a natureza e nisso passaram milhares de anos, mas com o avanço cientifico e tecnológico também começaram a ficar cada vez mais agressivos, materialistas e decadentes. Os tecnocratas viviam interessados em bens materiais e desrespeitando a religião. A mulher se tornou objeto do prazer; crimes e assassinatos prevaleciam, os sacerdotes e sacerdotisas praticavam o sacrifício humano. Os atlantes se tornaram uma civilização guerreira. Alguns artistas atlantes insatisfeitos fugiram para costa da Espanha e para o sudoeste da França, onde até hoje se vêem algumas de suas artes esculpidas nas cavernas. Em 28.000 a.C. com a mudança do eixo da Terra, os vulcões novamente entraram em grande atividade acabando por acarretar o fim da segunda civilização atlante. Com isso novamente os atlantes fugiram para as Antilhas, Yucatã, e para a América do Sul.

Atlântida 28.000a.C. a 12.500 a.C.

Esta foi a civilização atlante que foi descrita por Platão.

Mais uma vez tudo se repetiu, os que ficaram recomeçaram tudo novamente, recriando as cidades que haviam sido destruídas, mas inicialmente não tentando cometer os mesmos erros da florescente civilização passada. Eles unificaram a ciência com o desenvolvimento espiritual a fim de haver um melhor controle sobre o desenvolvimento social.

Começaram a trabalhar com as Forças da Natureza,  tinham conhecimento das hoje chamadas linhas de Hartman e linhas Ley, que cruzam toda a Terra, algo que posteriormente veio a ser muito utilizado pelos celtas que construíram os menires e outras edificações em pedra. Vale salientar que eles acabaram por possuir um alto conhecimento sobre a ciência dos cristais, que usavam para múltiplos fins, mas basicamente como grandes potencializadores energéticos, e fonte de registro de informações, devido a grande potência que o cristal tem de gravar as coisas.

Os Atlantes tinham grande conhecimento da engenharia genética, o que os levou a tentar criar “raças puras”, raças que não possuíssem nenhum defeito. Esse pensamento persistiu até o século XX a ser uma das bases do nazismo.

Os Atlantes detinham grandes conhecimentos sobre as pirâmides, há quem diga que elas foram edificadas a partir desta civilização e que eram usadas como grandes condutores e receptores de energia sideral, o que, entre outros efeitos, fazia com que uma pessoa que se encontrasse dentro delas, especialmente a Grande Pirâmide, entrava em estado alterado de consciência quando então o sentido de espaço-tempo se alterava totalmente.

É certo que os habitantes da Atlântida possuíam um certo desenvolvimento das faculdades psíquicas, entre as quais a telepatia, embora que muito aquém do nível atingido pelos habitantes da primeira civilização.

Construíram aeroplanos, mas nada muito desenvolvido, algo que se assemelharia mais ao que é hoje é conhecido como “asa delta”. Isto tem sido confirmado através de gravuras em certos hieróglifos egípcios e maias.

Também em certa fase do seu desenvolvimento os atlantes foram grandes conhecedores da energia lunar, tanto que faziam experiências muito precisas de conformidade com a fase da Lua. A par disto foram grandes conhecedores da astronomia em geral.

Na verdade os atlantes detiveram grandes poderes, mas como o poder denigre o caráter daquele que não está devidamente preparado para possuí-lo, então a civilização começou a ruir. Eles começaram a separar o desenvolvimento espiritual do desenvolvimento científico. Sabedores da manipulação dos gens eles desenvolveram a engenharia genética especialmente visando criar raças puras. Isto ainda hoje se faz sentir em muitos povos através de sistemas de castas, de raça eleita ou de raça ariana pura. Em busca do aperfeiçoamento racial, como é da natureza humana o querer sempre mais os cientistas atlantes tentaram desenvolver certos sentidos humanos mediante gens de espécies animais detentoras de determinadas capacidades. Tentaram que a raça tivesse a acuidade visual da águia, e assim combinaram gens deste animal com gens humano; aprimorar o olfato através de gens de lobos, e assim por diante. Mas na verdade o que aconteceu foi o pior, aqueles experimentos não deram certo e ao invés de aperfeiçoarem seus sentidos acabaram  criando bestas-feras, onde algumas são encontradas na mitologia grega e em outras mitologias e lendas. Ainda no campo da engenharia genética criaram algumas doenças que ainda hoje assolam a humanidade.

A moral começou a ruir rapidamente e o materialismo começou a crescer. Começaram a guerrear. Entre estas foi citada uma que houve com a Grécia, da qual esta foi vitoriosa. Enganam-se os que pensam que a Grécia vem de 2 000 a.C. Ela é muito mais velha do que o Egito e isto foi afirmado a Sólon pelo sacerdote de Sais. Muitos atlantes partiram para onde hoje é a Grécia e com o uso a tecnologia que detinham se fizeram passar por deuses dando origem assim a mitologia grega, ou seja, constituindo-se nos deuses do Olimpio.

Por último os atlantes começaram a fazer experimentos com displicência de forma totalmente irresponsável com cristais e como conseqüência acabaram canalizando uma força cósmica, que denominaram de "Vril", sob as quais não tiveram condições de controla-la, resultando disso a destruição final da Atlântida, que submergiu em uma noite. Para acreditar que um continente tenha submergido em uma noite não é muito fácil, mas temos que ver que a tecnologia deles eram muito mais avançadas do que a nossa, e que o poder do cristal é muito maior do que imaginamos, pois se formos vê os cristais estão em tudo com o avanço tecnológico, um computador é formado basicamente de cristais e o laser é feito a parti de cristais. Mas antes da catástrofe final os Sábios e Sacerdotes atlantes, juntamente com muitos seguidores, cientes do que adviria daquela ciência desenfreada e conseqüentemente que os dias daquela civilização estavam contados, partiram de lá, foram para vários pontos do mundo, mas principalmente para três regiões distintas: O nordeste da África onde deram origem a civilização egípcia; para América Central, onde deram origem a Civilização Maia; e para o noroeste da Europa, onde bem mais tarde na Bretanha deram origem à Civilização Celta.

A corrente que  deu origem a civilização egípcia inicialmente teve muito cuidado com a transmissão dos ensinamentos científicos a fim de evitar que a ciência fora de controle pudesse vir a reeditar a catástrofe anterior. Para o exercício desse controle eles criaram as “Escolas de Mistérios”, onde os ensinamentos eram velados, somente sendo transmitidos às pessoas que primeiramente passassem por rigorosos testes de fidelidade.

Os atlantes levaram com eles grandes conhecimentos sobre construção de pirâmides, e sobre a utilização prática de cristais, assim como conhecimentos elevados de outros ramos científicos, como matemática, geometria, etc.  Pesquisas recentes datam a Esfinge de Gizé sendo de no mínimo 10.000 a.C. e não 4.000a.C. como a egiptologia clássica afirma.  Edgar Cayce afirmou que embaixo da esfinge existe uma sala na qual estão guardados documentos sobre a Atlântida, atualmente já encontraram uma porta que leva para uma sala que fica abaixo da esfinge, mas ainda não entraram nela. A Ordem Hermética afirma a existência não de uma sala, mas sim de doze.

A corrente que deu origem a civilização maia, foi muito parecida com a corrente que deu origem a civilização egípcia. Quando os atlantes que migraram para a Península de Yucatã antes do afundamento final do continente, eles encontraram lá povos que tinham culturas parecidas com a deles, o que não é de admirar, pois na verdade lá foi um dos pontos para onde já haviam migrado atlantes fugitivos da segunda destruição.

Também os integrantes da corrente que se direcionou para o Noroeste da Europa, e que deu origem mais tarde aos celtas, tiveram muito cuidado com a transmissão do conhecimento em geral. Em vez de optarem para o ensino controlado pelas “Escolas de Mistérios” como acontecera no Egito, eles optaram por crescer o mínimo possível tecnologicamente, mas dando ênfase especialmente os conhecimentos sobre as Forças da Natureza, sobre as energias telúricas, sobres os princípios que regem o desenvolvimento da produtividade da terra. Conheciam bem a ciência dos cristais, e da magia, mas devido ao medo de fazerem mau uso dessas ciências eles somente utilizavam-nos, mas no sentido do desenvolvimento da agricultura, da produtividade dos animais de criação, etc.

Atualmente as pessoas vêem a Atlântida como uma lenda fascinante, como algo que mesmo datando de longa data ainda assim continua prendendo tanto a atenção das pessoas. Indaga-se do porquê de tanto fascínio? Acontece que ao se analisar a história antiga da humanidade vê-se que há uma lacuna, um hiato, que falta uma peça que complete toda essa história. Muitos estudiosos tentam esconder a verdade com medo de ter que reescrever toda a história antiga, rever conceitos oficialmente aceitos. Mas eles não explicam como foram construídas as pirâmides, como existiram inúmeros artefatos e achados arqueológicos encontrados na Ásia, África e América e inter-relacionados. O como foram construídos as pirâmides e outros monumentos até hoje é um enigma. Os menires encontrados na Europa, as obras megalíticas existentes em vários pontos da terra, os desenhos e figuras representativas de aparelhos e até mesmo de técnicas avançadas de várias ciências, os autores oficiais não dão qualquer explicação plausível.

Os historiadores não acreditam que um continente possa haver afundado em uma noite, mas eles esquecem que aquela civilização foi muito mais avançada que a nossa. Foram encontradas, na década de 60, ruínas de uma civilização no fundo do mar perto dos Açores, onde foram encontrados vestígios de colunas gregas e até mesmo um barco fenício. Atualmente foram encontradas ruínas de uma civilização que também afundou perto da China.

As pessoas têm que se conscientizar de que em todas as civilizações em que a moral ruiu, ela começou a se extinguir, e atualmente vemos isso na nossa civilização, e o que é pior, na nossa civilização ela tem abrangência mundial, logo se ela rui, vai decair todo o mundo. Então o mais importante nessa história da Atlântida não é o acreditar que ela existiu e sim aprender a lição para nós não enveredemos pelo mesmo caminho, repetindo o que lá aconteceu.

Atlântida a Lenda?




Sem dúvida a grande historia que várias gerações tem contado, e que vem de encontro com o objetivo desse blog, é o Mito do Continente da Atlântida. São muitos estudiosos, muitas teorias, muitas especulações de onde estaria localizado.


Por mais fantasiosos que sejam os relatos, temos de crer que um fundo de verdade sempre esta por trás das lendas. 


Uma civilização avançada? Fontes de energia desconhecidas do homem atual? Embarcações voadoras? Um continente inteiro engolido pelas águas?


São muitas perguntas que durante muito tempo ficaram no imaginário das pessoas, estudiosos, misticos e que até hoje geram teorias e sonhos que vamos explorar na próxima série de posts!


Bom proveito!

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Dilúvio - Gilgamesh




"Conheces a cidade de Shurrupak, que fica às margens do Eufrates? A cidade envelheceu, assim como os deuses que ah moravam. Havia Anu, o senhor do firmamento e pai da cidade; o guerreiro Enhl, seu conselheiro; Ninurta, o ajudante; e Ennugi, que vigiava os canais. Entre eles também se encontrava Ea. Naqueles dias a terra fervilhava, os homens multiplicavam-se e o mundo bramia como um touro selvagem. Este tumulto despertou o grande deus. Enlil ouviu o alvoroço e disse aos deuses reunidos em conselho: 'O alvoroço dos humanos é intolerável, e o sono já não é mais possível por causa da balbúrdia.' Os deuses então concordaram em exterminar a raça humana. Foi o que Enlil fez, mas Ea, por causa de sua promessa, me avisou num sonho. Ele denunciou a intenção dos deuses sussurrando para minha casa de colmo: 'Casa de colmo, casa de colmo! Parede, oh, parede da casa de colmo, escuta e reflete. Oh, homem de Shurrupak, filho de Ubara-Tutu, põe abaixo tua casa e constrói um barco. Abandona tuas posses e busca tua vida preservar; despreza os bens materiais e busca tua alma salvar. Põe abaixo tua casa, eu te digo, e constrói um barco. Eis as medidas da embarcação que deveras construir: que a boca extrema da nave tenha o mesmo tamanho que seu comprimento, que seu convés seja coberto, tal como a abóbada celeste cobre o abismo; leva então para o barco a semente de todas as criaturas vivas.'

"Quando compreendi, eu disse ao meu senhor: 'Sereis testemunha de que honrarei e executarei aquilo que me ordenais, mas como explicarei às pessoas, à cidade, aos patriarcas?' Ea então abriu a boca e falou a mim, seu servo: 'Dize-lhes isto: Eu soube que Enlil está furioso comigo e já não ouso mais caminhar por seu território ou viver em sua cidade; partirei em direção ao golfo para morar com o meu senhor Ea. Mas sobre vós ele fará chover a abundância, a colheita farta, os peixes raros e as ariscas aves selvagens. A noite, o cavaleiro da tempestade vos trará uma torrente de trigo.'

"Ao primeiro brilho da alvorada, toda a minha família se reuniu ao meu redor; as crianças trouxeram o piche e os homens todo o resto necessário. No quinto dia eu aprontei a quilha, montei a ossatura da embarcação e então instalei o tabuado. O barco tinha um acre de área e cada lado do convés media cento e vinte côvados, formando um quadrado. Construí abaixo mais seis conveses, num total de sete, e dividi cada um em nove compartimentos, colocando tabiques entre eles. Finquei cunhas onde elas eram necessárias, providenciei as zingas e armazenei suprimentos. Os carregadores trouxeram o óleo em cestas. Eu joguei piche, asfalto e óleo na fornalha. Mais óleo foi consumido na calafetagem, e mais ainda foi guardado no depósito pelo capitão da nave. Eu abati novilhos para a minha família e matava diariamente uma ovelha. Dei vinho aos carpinteiros do barco como se fosse água do rio, vinho verde, vinho tinto, vinho branco e óleo. Fez-se então um banquete como os que são preparados à época dos festejos do ano-novo; eu mesmo ungi minha cabeça. No sétimo dia, o barco ficou pronto.

"Foi com muita dificuldade então que a embarcação foi lançada à água; o lastro do barco foi deslocado para cima e para baixo até a submersão de dois terços de seu corpo. Eu carreguei o interior da nave com tudo o que eu tinha de ouro e de coisas vivas: minha família, meus parentes, os animais do campo — os domesticados e os selvagens — e todos os artesãos. Eu os coloquei a bordo, pois o prazo dado por Shamash já havia se esgotado; e ele disse: 'Esta noite, quando o cavaleiro da tempestade enviar a chuva destruidora, entra no barco e te fecha lá dentro.' Era chegada a hora. Caiu a noite e o cavaleiro da tempestade mandou a chuva. Tudo estava pronto, a vedação e a calafetagem; eu então passei o timão para Puzur-Amurri, o timoneiro, deixando todo o barco e a navegação sob seus cuidados.

"Ao primeiro brilho da alvorada chegou do horizonte uma nuvem negra, que era conduzida por Adad, o senhor da tempestade. Os trovões retumbavam de seu interior, e, na frente, por sobre as colinas e planícies, avançavam Shul-lat e Hanish, os arautos da tempestade. Surgiram então os deuses do abismo; Nergal destruiu as barragens que represavam as águas do inferno; Ninurta, o deus da guerra, pôs abaixo os diques; e os sete juizes do outro mundo, os Anunnaki, elevaram suas tochas, iluminando a terra com suas chamas lívidas. Um estupor de desespero subiu ao céu quando o deus da tempestade transformou o dia em noite, quando ele destruiu a terra como se despedaça um cálice. Por um dia inteiro o temporal grassou devastadoramente, acumulando fúria à medida que avançava e desabando torrencialmente sobre as pessoas como os fluxos e refluxos de uma batalha; um homem não conseguia ver seu irmão, nem podiam os povos serem vistos do céu. Até mesmo os deuses ficaram horrorizados com o dilúvio; eles fugiram para a parte mais alta do céu, o firmamento de Anu, onde se agacharam contra os muros e ficaram encolhidos como covardes. Foi então que Ishtar, a Rainha do Céu, de voz doce e suave, gritou como se estivesse em trabalho de parto: 'Ai de mim! Os dias de outrora estão virando pó, pois ordenei que se fizesse o mal; por que fui exigir esta maldade no conselho dos deuses? Eu impus as guerras para a destruição dos povos, mas acaso estes povos não pertencem a mim, pois fui eu quem os criou? Agora eles flutuam no oceano como ovas de peixe.' Os grandes deuses do céu e do inferno verteram lágrimas e se calaram.

"Por seis dias e seis noites os ventos sopraram; enxurradas, inundações e torrentes assolaram o mundo; a tempestade e o dilúvio explodiam em fúria como dois exércitos em guerra. Na alvorada do sétimo dia o temporal vindo do sul amainou; os mares se acalmaram, o dilúvio serenou. Eu olhei a face do mundo e o silêncio imperava; toda a humanidade havia virado argila. A superfície do mar se estendia plana como um telhado. Eu abri uma janelinha e a luz bateu em meu rosto. Eu então me curvei, sentei e chorei. As lágrimas rolavam pois estávamos cercados por uma imensidade de água. Procurei em vão por um pedaço de terra. A quatorze léguas de distância, porém, surgiu uma montanha, e ali o barco encalhou. Na montanha de Nisir o barco ficou preso; ficou preso e não mais se moveu. No primeiro dia ele ficou preso; no segundo dia ficou preso em Nisir e não mais se moveu. Um terceiro e um quarto dia ele ficou preso na montanha e não se moveu. Um quinto e um sexto dia ele ficou preso na montanha. Na alvorada do sétimo dia eu soltei uma pomba e deixei que se fosse. Ela voou para longe, mas, não encontrando um lugar para pousar, retornou. Então soltei uma andorinha, que voou para longe; mas, não encontrando um lugar para pousar, retornou. Então soltei um corvo. A ave viu que as águas haviam abaixado; ela comeu, voou de um lado para o outro, grasnou e não mais voltou para o barco. Eu então abri todas as portas e janelas, expondo a nave aos quatro ventos. Preparei um sacrifício e derramei vinho sobre o topo da montanha em oferenda aos deuses. Coloquei quatorze caldeirões sobre seus suportes e juntei madeira, bambu, cedro e murta. Quando os deuses sentiram o doce cheiro que dali emanava, eles se juntaram como moscas sobre o sacrifício. Finalmente, então, Ishtar também apareceu; ela suspendeu seu colar com as jóias do céu, feito por Anu para lhe agradar. 'Oh, vós, deuses aqui presentes, pelo lápis-lazúli que circunda meu pescoço, eu me lembrarei destes dias como me lembro das jóias em minha garganta; não me esquecerei destes últimos dias. Que todos os deuses se reúnam em torno do sacrifício; todos, menos Enlil. Ele não se aproximará desta oferenda, pois sem refletir trouxe o dilúvio; ele entregou meu povo à destruição.'

"Quando Enlil chegou e viu o barco, ele ficou furioso. Enlil se encheu de cólera contra o exército de deuses do céu. 'Alguns destes mortais escaparam? Ninguém deveria ter sobrevivido à destruição.' Então Ninurta, o deus das nascentes e dos canais, abriu a boca e disse ao guerreiro Enlil: 'E que deus pode tramar sem o consentimento de Ea? Somente Ea conhece todas as coisas.' Então Ea abriu a boca e falou para o guerreiro Enlil: 'Herói Enlil, o mais sábio dos deuses, como pudeste tão insensatamente provocar este dilúvio?

Inflige ao pecador o seu pecado,
Inflige ao transgressor a sua transgressão,
Pune-o levemente quando ele escapar,
Não exageres no castigo ou ele sucumbirá;
Antes um leão houvesse devastado a raça humana
Em vez do dilúvio,
Antes um lobo houvesse devastado a raça humana
Em vez do dilúvio,
Antes a fome houvesse assolado o mundo
Em vez do dilúvio.
Antes a peste houvesse assolado o mundo
Em vez do dilúvio.

Não fui eu quem revelou o segredo dos deuses; o sábio soube dele através de um sonho. Agora reuni-vos em conselho e decidi sobre o que fazer com ele.'

"Enlil então subiu no barco, pegou a mim e a minha mulher pela mão e nos fez entrar no barco e ajoelhar, um de cada lado, com ele no meio. E tocou nossas testas para abençoar-nos, dizendo: 'No passado, Utnapishtim era um homem mortal; doravante ele e sua mulher viverão longe, na foz dos rios.' Foi assim que os deuses me pegaram e me colocaram aqui para viver longe, na foz dos rios."

Dilúvio - a Arca de Noé



A história da Arca de Noé e do Dilúvio surgiu originalmente no oriente médio, o mesmo local aonde nasceram o Judaísmo, o Cristianismo e o Islamismo. Surge Narrada na Bíblia e no Corão. O relato de um acontecimento catastrófico decorrido no início da história da humanidade, não muito depois da criação.

De acordo com a bíblia os descendentes de Adão e Eva se desviaram da vontade de Deus, de modo que a corrupção tomava conta de toda a terra. Gênesis 6:5 – 8 “5 Viu o Senhor que era grande a maldade do homem na terra, e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era má continuamente. Então arrependeu-se o Senhor de haver feito o homem na terra, e isso lhe pesou no coração. E disse o Senhor: Destruirei da face da terra o homem que criei, tanto o homem como o animal, os répteis e as aves do céu; porque me arrependo de os haver feito. Noé, porém, achou graça aos olhos do Senhor.”

Na bíblia a data do dilúvio é 2348 A.C. exatamente 1652 anos após a criação da terra no ano de 4000 A.C. e o relato atesta que Deus avisou Noé 100 anos antes de ocorrer o dilúvio, quando Noé tinha aproximadamente 500 anos de idade, ou seja, quando o dilúvio começou Noé tinha 600 anos de idade.

Cada centímetro da Arca foi informado por Deus a Noé, precisamente cada dimensão, altura, largura, etc...

Nos últimos cem anos, pesquisadores, arqueólogos, geólogos e historiadores foram ao Oriente Médio a procura de vestígios da Arca que hoje em 2010 teria exatamente 4358 anos de existência.

A bíblia não é precisa quanto a localização final da Arca após o dilúvio, diz apenas que a Arca repousou no alto das montanhas Ararat. Ararat era uma região, um antigo reino chamado Urartu. O monte Ararat fica localizado na Turquia Oriental.

Em 1917, um piloto russo, Vladimir Roskovitsky, relatou que, durante um vôo, pode visualizar um gigantesco objeto com o formato de Arca no cume da montanha. Nisto o Czar Nicolau II da Rússia enviou uma expedição ao local para investigar. Não se tem relatos desta expedição pois os documentos teriam sido destruídos na revolução do final do mesmo ano de 1917.

Após isso, em meados de 1950 um pesquisador francês chamado Ferdinand Navarra voltou do cume do monte Ararat com uma amostra de madeira que foi datada do início da idade do bronze. (A Idade do Bronze é um período da civilização no qual ocorreu o desenvolvimento desta liga metálica, resultante da mistura de cobre com estanho. Iniciou-se no Oriente Médio em torno de 3300 a.C e na Europa em torno de 1600 a.C.), porém as provas não foram conclusivas..

Em 1972 a expedição de Navarra despertou o interesse das comunidades de pesquisa de geologia, história e arqueologia e mais expedições foram montadas. Em 1933 uma publicação de um jornal russo, chamada “A espada de Gideon” foi feita sobre a Arca e mais tarde descobriu-se que era uma cópia de um artigo alemão.

Neste momento os pesquisadores que afirmassem que teriam visto a Arca ou sequer vestígios dela caiam logo em descrédito e era imediatamente (sem qualquer análise) considerada fraude.

Em 1959 noticiou-se a descoberta pela qual todos esperavam. Um capitão do exército Turco chamado Ilhan Durupinar estava em missão de mapeamento para tirar fotografias aéreas da turquia na região próxima ao monte Ararat, quando vislumbrou uma pequena forma de prancha ou base de barco a uma altitude de 310 metros.

 Após a divulgação da imagem arqueólogos de várias partes do mundo começaram a se dirigir para o local e de fato acharam uma massa grande com forma de barco debaixo de toneladas de lama e gelo.

Hajid Hassan Bey é historiador e o guarda do Parque Nacional Arca de Noé criado pelos nativos locais nas proximidades do monte Ararat na Turquia desde 1960.
      

Em meados dos anos 80 a existência da Arca de Noé ganhou maior credibilidade através de um astronauta. James Irwin, o oitavo homem a caminhar na lua, cientista de renome e respeitado por todo o mundo da ciência na época ficou com a idéia de achar a Arca de Noé fixada em sua mente. Fez várias viagens a Turquia para concluir seu objetivo, porém morreu sem descobrir indícios da existência da Arca. Ele inspirou toda uma geração de caçadores da Arca.
  
     James Irwin

Um dos caçadores da Arca, após James Irwin, inventou uma forma moderna de pesquisar sobre a Arca. Sabe-se que naquela época eram organizadas expedições que apenas subiam ao monte para procurar e após coletar material desciam. Mas Porcher Taylor imaginou uma abordagem específica.

Porcher L. Taylor

Em 1973 Porcher estava no grupo de debate da faculdade quando um de seus colegas disse: “Corre um rumor que um de nossos quatro space birds, por acidente ligou as câmeras cedo demais e, sobrevoando a região do monte Ararat, a imagem que apareceu no cume do monte parecia a de uma proa de um navio.”

Após este evento, corriam histórias sobre a Arca de Noé na CIA que vinham desde 1949, quando uma missão de reconhecimento fotografou algo sobre este assunto.
  
Anos depois Taylor conseguiu que a fotografia se tornasse pública e decidiu investigar de perto.
   
O satélite captou o que parecia ser uma estrutura enorme e profundamente submersa no gelo glacial.

Satélite IKONOS - Ficha Técnica

FICHA TÉCNICA RESUMIDA - IKONOS
O satélite IKONOS II foi lançado no dia 24 de Setembro de 1999, e está operacional desde o início de janeiro de 2000. Ele é operado pela SPACE IMAGING que detém os Direitos de Comercialização.
  
Mas Taylor queria mais resolução e em fevereiro de 2003 conseguiu-a. Com um novo satélite DigitalGlobe que tinha o poder de visão milhares de vezes maior do que o Ikonos, que conseguiu captar a imagem abaixo:
  
Taylor afirma que pode-se ver mais claramente a estrutura de navio com aproximadamente 330 metros de comprimento e cerca de 53 metros de largura e isto está aproximadamente de acordo com os relatos bíblicos referentes a Arca de Noé, levando (é claro) em consideração o desgaste do tempo e as condições de conservação no gelo.

Peritos analisaram a imagem, um destes peritos é o geólogo Farouk El-Baz, um pioneiro na interpretação de imagens por satélite afirma que definitivamente trata-se de uma estrutura enorme completamente coberta de gelo e, um dos cantos erguia-se numa saliência vertical, como a proa de um grande navio, porém nada de conclusivo pode ser afirmado antes de uma análise no local.

Neste momento muitos especialistas dizem ainda que seria praticamente impossível para uma só pessoa como Noé ou mesmo ele e seus filhos sozinhos construírem uma estrutura como esta. Afirmam que uma equipe de 12 homens levaria pelo menos um ano para construir tal estrutura como a da Arca de Noé. Porém ignoram o fato de que Noé teve de antemão todas as medidas milimetricamente especificadas por Deus, teve 100 anos para a construir e ainda contou com a ajuda de seus filhos. Outra coisa que estes especialistas até hoje não sabem é como as pirâmides do egito foram erguidas, dizendo ser impossível também e acreditam até em inteligência alienígena para auxílio na construção.

Evidências que apontam para um dilúvio Global

De todas as catástrofes naturais que atingiram os povos pré-históricos as inundações deixaram as marcas mais profundas.

No oriente médio existe um mito de um dilúvio universal que é a Epopéia de Gilgamesh, uma história da mesopotâmia. No original remonta ao ano 2700 a.C., o terceiro milênio, no local aonde hoje é o Iraque. Temos um homem, uma arca, duas aves, uma série de animais, sua família e o desaparecimento de toda a humanidade exceto deste homem, de seu barco e de todos os que lá estavam. A principal diferença entre esta história e o relato bíblico é que no caso de Noé a bíblia afirma que existia uma corrupção moral na terra e a causa do dilúvio teria sido a ira de Deus.

Os relatos bíblicos afirmam que a chuva caiu sobre a terra durante quarenta dias e quarenta noites. E que durante 150 dias a arca singrou pelas águas do dilúvio. De onde teriam estas águas vindo e para aonde foram após o dilúvio?

Uma das teorias mais interessantes é a do pesquisador e arqueólogo Bruce Masse, que trabalhava no laboratório de Los Alamos no Novo México. Ele acredita que o dilúvio possa ter sido iniciado por uma colisão de um meteoro e afirma ter descoberto indícios desta afirmativa em todo o mundo. Os nativos em geral possuem uma lenda de inundações e em todas as culturas vemos esta afirmativa se fazer real baseado na história e na geologia. Petroglifos (arte em pedra – pintura rupestre), por exemplo contam uma história, não são rabiscos sem sentido. Especialmente um pictógrafo descoberto tanto na américa do norte como do Sul .

Muitas e diferentes culturas indígenas que estão ligadas as inundações normalmente em associação com serpentes marinhas (imagens abaixo). Podemos ver um tema comum nas imagens, uma criatura comprida, muitas vezes com um chifre em sua cabeça e ligada de alguma forma ao dilúvio.
  
O pesquisador crê ser possível que estas serpentes sejam o retrato do que os nativos viam nos céus, algo fora do comum, algo que os antigos associavam com desastres, um cometa. Quando você olha para os cometas você vê sua cabeça mais luminosa, sua calda e pode facilmente associá-lo com uma serpente.

Um possível local do impacto para o cometa que teria sido um causador do dilúvio fica localizado a 1350 kilômetros a sudeste de Madagascar, aonde um cometa com três kilômetros de largura penetraria no sistema solar em direção a terra, viajando através da atmosfera a mais de 150 mil kilômetros por hora e atinge a água. Poderia ter feito com que um volume de água, talvez 9 ou 10 vezes a massa do próprio cometa se elevasse na atmosfera. Um impacto como este teria a potência de 10 milhões de megatoneladas de TNT, ou 500 milhões de vezes superior a bomba que atingiu Nagasaki.

O vapor de água lançado para a atmosfera teria causado uma chuva catastrófica por aproximadamente uma semana. Ao mesmo tempo uma enorme Tsunami no oceano Índico que atingiria as costas continentais a 2250 km de distância com ondas superiores a 200 metros de altura. Logo em seguida haveriam tempestades ciclônicas por toda a terra. A água que caia do céu em conjunto com as tempestades no oceano geraria furacões em escala máxima de destruição, espalhando enormes quantidades de água por toda a terra. Neste caso seria totalmente possível um enorme dilúvio ter coberto toda a terra. É interessante verificar que isto teria ocorrido por volta da última mudança climática que a terra sofreu.

Muitas pessoas afirmam que é apenas uma teoria, porém, com o devido estudo dos mapas astronômicos e, fazendo o cruzamento das datas em que cometas passaram próximos a terra, o arqueólogo Masse conseguiu calcular uma data em que o cometa teria chegado, que seria aproximadamente em 10 de maio de 2807 a.C., onde um cometa realmente colidiu com a terra.

De acordo com os geólogos existem vestígios de impactos de cometas em toda a superfície terrestre. E esta hoje é considerada a teoria científica mais plausível.

Geologia convencional

A geologia convencional afirma que a terra estava quase inteiramente coberta de água acerca de 500 milhões de anos atrás, foi quando muitos dos fósseis marinhos que descobrimos hoje no cume das montanhas foram depositados. É nesta afirmativa que a maioria dos geólogos acredita.

Nos últimos desde 1980 o geólogo Tom Vail tem organizado excursões de canoagem no Grand Canyon, para pesquisas geológicas que levam a crer que as evidências no Canyon suportam a supremacia da Palavra de Deus descrita na bíblia.

Vail faz parte do grupo de cientistas que discorda da teoria de que a terra tem milhares de milhões de anos, embora anteriormente ele mesmo acreditasse e ensinasse o evolucionismo.

Entende-se que a grande diferença entre as duas teorias (terra velha – evolucionismo e terra nova – criacionismo) é de fato o tempo. Foram seis dias ou milhões de anos afinal? Vail crê que foram seis dias.  Para Vail o Grand Canyon é um laboratório que prova que a terra foi criada nos últimos milhares de anos e em seguida coberta por um dilúvio mundial. E a maior evidência disso está nos rochedos.

O Grand Canyon exibe mais camadas sedimentares do que qualquer outro sítio em todo o planeta e, vemos aqui indícios que apontam para o fato de que o desfiladeiro foi formado durante uma catástrofe.

Evidências

O arenito estava na horizontal e, precisamente na linha de falha torna-se vertical. Ou seja, as dobras nas camadas de sedimentos provam que estas estavam úmidas e maleáveis quando foram dobradas. Ele afirma que se o material fosse rocha dura, nesta altura do dobramento ter-se-ia fraturado mas sendo depósitos da inundação, este material ainda estaria úmido e, quando ocorreu a falha o arenito ainda estava maleável por influência desta umidade e pôde deslocar-se e formar esta dobra.


Até aqui existem divergências entre evolucionistas e criacionistas, porém existe algo em que ambos concordam, que o desfiladeiro do Grand Canyon foi esculpido ou causado pela água.

Outra localidade para a arca que não é o monte Ararat na Turquia

O pesquisador Bob Cornuke sobrevoou várias vezes o monte ararat de helicóptero e em aviões de asa fixa, esteve lá a cavalo e percorreu toda a montanha e afirma que não achou nada que sequer se parecesse com a arca de Noé. Bob acredita que o real local aonde a arca de Noé baixou foi nas montanhas do norte do Irã.

Cornuke organizou 4 expedições ao Irã baseado em um relatório de um engenheiro americano que pôde visualizar algo fora do comum no cume da montanha em 1943. O pesquisador subiu a montanha a pé em sua expedição e quando chegaram numa altura de cerca de 4000 metros puderam ver uma formação atípica, como se fosse um objeto enorme e escuro que saía do topo da montanha e a cor era totalmente diferente da cor da formação montanhosa no restante da montanha.

 O material visto definitivamente não era rocha e tinha o aspecto de madeira fossilizada. Era tão pesado que só conseguiram trazer pequenas amostras de cerca de 50 cm de comprimento cada uma. Os testes foram pouco conclusivos e sabe-se que não existe um meio de provar conclusivamente que era ou não a arca pois não existem impressões que permitam a prova final e conclusiva, porém os indícios são extremamente fortes.

Bob e sua equipe descobriram outra coisa quando subiram a 4600 metros, encontraram conchas provindas de organismos que só crescem debaixo d’água.

Conclui-se que num determinado período de tempo num passado não muito distante o cume daquela montanha de 4600 metros de altura já esteve completamente submerso.

Bob descobriu que, ao contrário dos exemplares marinhos descobertos em altitude, estes animais não estavam completamente fossilizados, isto significa que ainda tinham matéria orgânica dentro de suas conchas que poderia ser datada. Envio as conchas a um laboratório que a sujeitou a testes de datação por carbono 14. Os resultados dos testes mostraram que estes moluscos tinham cerca de 40 mil anos, o que seria impossível por ainda terem matéria orgânica. A partir daí temos duas conclusões claras. O teste do carbono 14 é falho, porém a data dividida por 10 mil anos apresenta uma possibilidade válida, ou seja, 4 mil anos aproximadamente e a segunda conclusão é que se isto se prova para este “quase fóssil” prova-se para os dinossauros e qualquer outro fóssil que tenha sido submetido ao teste do carbono 14. Por fim podemos depreender que realmente esta montanha esteve totalmente submersa no passado.

Bob apresenta a seguinte resolução para o problema:

Se a terra tivesse estado coberta de água, isto poderia ter afetado a taxa de dióxido de carbono absorvida pelos moluscos, então teria havido desvios (falhas) nos testes de carbono 14.

Mais uma teoria.

Em 1920 o arqueólogo Leonard Woolley descobriu uma espessa camada de sedimentos enquanto fazia escavações na antiga cidade de Ur, no Iraque atual. Encontrou indícios de uma inundação de proporções enormes. Mais tarde descobriu-se que era de uma inundação local que deixou cerca de 1 metro de sedimentos.

 Última e mais bem fundamentada teoria

Em 1996 dois geólogos trabalhavam na costa da Turquia, num dos mais misteriosos corpos de água do mundo, Um enorme mar de água salgada com 1.100 km de largura, o Mar Negro. Os geólogos eram Bill Ryan e Walter Pittman, que estavam cartografando a topografia submarina do Mar Negro quando repararam algo curioso, praias a muitos metros abaixo da superfície, isto significava que o nível da água fora muito inferior no passado.

Descobriram uma série de praias, porque quando o corpo de água diminuiu por evaporação nas condições muito áridas da idade do Gelo, deixou antigas linhas como as orlas numa banheira. Encontraram estas linhas a 90 e 110 metros de profundidade. A linha de praia mais profunda era enorme e estava localizada a 156 metros de profundidade.

Testemunhas de sondagem do fundo do mar revelaram que a determinada altura de sua história o Mar Negro fora um lago de água doce. (mais uma evidência do dilúvio que trouxe suas águas salgadas e contaminou o lago que virou o Mar Negro).

Os testemunhos de sondagem também revelaram uma transição abrupta de moluscos de água doce para a espécie marinha e a datação do carbono 14 forneceu uma data.

Os resultados foram surpreendentes, todos os moluscos marinhos pareciam ter surgido em todas as profundidades do Mar Negro ao mesmo tempo há 7600 anos atrás, sugerindo uma inundação imediata de proporções globais.

Teoria dentro da teoria

Sugere-se ainda que este dilúvio aconteceu devido ao final da era do gelo e do conseqüente aquecimento global aonde milhares de toneladas de gelo estavam depositadas sobre a face da terra esperando o fim da era do gelo e início do aquecimento global para virarem água. A medida que os glaciares recuavam os níveis dos mares e oceanos subiam absurdamente. E um deles era o mediterrâneo. Suas águas subindo procuravam um local para se expandir e encontraram-no no outro lado de um estreito na terra de istmo, onde se encontrava um enorme lago de água doce num nível inferior e, neste caso a lei da gravidade estaria prestes a operar.

A água do mediterrâneo começou a abrir caminho para o bósforo, a procura de terreno mais baixo. Uma vez formado o canal, as águas do mediterrâneo fluíram com violência varrendo tudo a sua frente.

A medida que a água ia correndo formava um canal cada vez mais profundo, e quanto mais profundo era o canal, mais depressa corriam as águas. Calcula-se que teria levado entre 30 a 90 dias para formar uma torrente violenta.

O arqueólogo Fred Hiebert afirma que há 10 mil anos, quando o bósforo não existia e o Mar Negro era ainda um lago de água doce, e seu nível era muitos metros inferior ao que é hoje, havia uma área enorme de terra firme em sua volta. Nestas terras certamente existiram agricultores, os quais assistiram algo incompreensível, um mar a esvaziar-se para dentro de outro através de um fosso de vários kilômetros de largura.
  
As pessoas certamente detectaram o ruído e também abalos de terra que poderiam ter sido ouvidos a 100 ou até mesmo 200 km de distância do local do epicentro. Era uma enorme quantidade de energia que estava sendo liberada naquele momento.

Quando as águas corriam através do bósforo a 90 km por hora, liberavam um volume de água 200 vezes maior do que o das Cataratas do Niagara. Todos os que viviam a alguns kilômetros do Bósforo devem ter sido varridos. E os que estavam mais distantes teriam visto o seu mundo ser transformado por um fluxo de água que parecia não acabar.

Se a hipótese de Ryan e Pittman estiver correta, perto de 5 mil anos passaram entre a data do grande dilúvio e a altura em que as recordações distantes dela teriam sido registradas.

Entende-se que este seja o motivo de todas as lendas das mais diversas culturas em todo o mundo sobre um grande dilúvio de proporções globais.

Fontes:

Enigmas da Bíblia - Em busca da Arca de Noé - parte 1

http://www.youtube.com/watch?v=xu7Lm9hghyg&feature=related